quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Preenchimento disforme!

De Cor Cinza, baseada em foto. Data: 23/07/18. Autora: Cilene Bispo.
Desde a disciplina Desenho 2 na faculdade, minha forma de preencher um suporte com tinta é repreendido. Vista como uma forma preguiçosa e sem cautela e no que confirmo, realmente o é. Sempre me esforcei para pintar de maneira uniforme, com misturas homogêneas e delicadeza na pincelada. Porém o cansaço e falta de paciência (essa que dedico a outras atividades, inclusive bem próximas de pintura) me tomam e já me vejo com meus músculos contraídos, suja de tinta e com as cerdas do pincel agarradas no corpo.

Nesta disciplina os meus trabalhos foram destacados no final do período como os que melhor trabalharam com as cores e propostas feitas por ele. No entanto, de maneira bem cômica, também foi o que a pintura "deixou a desejar".

Aos poucos fui aprendendo a fazer de forma mais caprichada mas essa maneira de pintar aparece na menor brecha deixada pela minha dedicação. Em Pintura B, dois anos depois, esse desastre voltou mas de forma não tão perceptível (ou apenas não foi uma questão) na pintura Cheiro. Esta já descrita aqui no canto de procrastinação, mas de forma política.

Foi uma pintura muito elogiada por todos que a viam, inclusive por aqueles que nem conheciam o conceito, a referência e as técnicas que estavam e que deveriam estar por trás da obra. Minha maneira cansada de preencher não foi um ponto importante. Cometi o erro de achar que era meu estilo.

Neste ano, um amigo graduando de História da Arte na UERJ me apresentou um trabalho em andamento, no qual era retratado por pessoas próximas dele. Ofereci minha participação e ela foi aceita, disso surgiu De Cor Cinza, a escolha do nome, foto base e cores foram escolhas pessoais que não só me pertencem, por isso não entrarei em detalhes.

Usei a mesma técnica que fiz na pintura Cheiro e mesmo estilo de luz, no entanto, pequei de forma grave na tal "maneira minha de pintar". Por mais que as cores me agradem, a pintura desajeitada foi forçada. Diferente de outras vezes, eu não me esforcei para um bom preenchimento. Não houve espontaneidade. Meu olhar não é treinado, mas como autora digo que a pintura perdeu muito devido minhas pinceladas.

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